Eu não assinei contrato com a eternidade, logo, nada mais fiz que adiantar as coisas, pode até ser que essa seja apenas mais uma carta de suicídio, o que empiricamente falando é, mas não deixa de respeitar minha individualidade, por efeito; tratem de respeitar a minha individualidade! Fui uma besta diante do povo, uma sombra entre os meus amigos e nada frente a mim mesmo, e assim eu começo minha oração...
Fui vítima da insanidade social, sem querer me vitimizar, fui mastigado pelo devorador de almas que é a histeria coletiva que grita até ensurdecer, e por todos serem surdos, acreditam que gritar é a solução. Dizer que fui poeta me parece uma boa maneira de romantizar as mentiras que contei. Me coloco como júri e réu desse tribunal no qual fui processado, e por mais que a advogacia dos meus amigos tentem me absolver, eu me declaro culpado!
Não se trata de ter ou ser feliz, vai muito além disso, é o crime da justiça espiritual que cometo delito, transbordei minhas emoções e tornei-me um monstro, por desacatar as possibilidades das minhas escolhas. Me contrastei entre os piores e idolatrei suicidas. Por me sentir desprovido do senso inerente a humanidade social, fui um estranho entre todos. A ideia de ter uma família, renda suficiente para ser aceito não era o bastante pra me motivar a ir adiante, para saciar a peste ambiciosa que engendrei, fiz de mim o que pude fazer, e apesar de tudo, tudo afinal se provou nada demais.
Os fatos estão contra mim, a minha penitencia nada deixará além de saudades temporárias, e eu aceito a morte tal como aceitei a vida; inconscientemente motivado pelos instintos mais primitivos a procura de EXISTIR, DESPIDO DE TUDO E DE TODOS.
Imagem extraída de um sonho com olhos abertos. |
Desejo a todos sorrisos vagos e abraços fortes, e que morram velhos numa cama de hospital com siringas injetadas pelo corpo;
Amo você, seja lá quem for;
//Ismar Douglas Dias.
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