Beijem a língua da cobra,
Ela está inconscientemente inabalada,
Com os sussurros dos prantos do medo,
Devora suas prezas com desprezo.
Beijem a língua da cobra,
Ela é rígida, dura, paciente e calculista,
Medonha quando imediatista,
Cruel com a vítima em vista.
Beijem a língua da cobra,
Ela está a espreita, serena e santa.
Que o louco lhe morda a cabeça,
Quando este a vomitar de sua garganta.
Beijem a língua da cobra,
Se exponha ao seu olhar frio,
Sinta o veneno percorrer seu sangue,
Sinta o medo, a dor e o vazio.
- Está tudo bem! Não tem pra que ter medo - disse uma voz que temia
- Eu quero voltar de onde vim - disse uma outra voz que um dia quis partir
- Mas não adianta temer o frio sem cobertor - assim um homem nu falou
- Se te odeio hoje, é porque ontem lhe tive amor - e assim uma ultima voz se calou.
ALO! TEM ALGUÉM AÍ?
SHIIIIIIIII - NÃO VÊS QUE TENHO MEDO?
Se exponha aos seus medos mais profundos, depois disso o medo não tem poder, ele encolhe e desaparece. Você é livre.
- Jim Morrison
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